quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Calcular a Mistura de Esterco mais Fertilizantes Químicos

Calcular a Mistura de Esterco mais Fertilizantes Químicos

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsL9I6IltAZwrci4v8wh2hhWbxF8N3WTy0CzWyTVUUW9PUWNIw-B5UF_yTr1SZX1GupRgqc0iyAbYQpE8Br-dNulz3cVPQgCJJZfjaW0D3XxFLOMA8RAVz6iGzpSoMcu3E4FngOVt9n_E/s1600/SDC11221.JPGA adubação orgânica pode ser utilizada pelo produtor aproveitando os resíduos que possui na sua propriedade. Algumas vezes, há necessidade de adicionar fertilizantes químicos para completar as deficiências em nutrientes. O esterco de curral é uma fonte bastante encontrada em quase todas as propriedades, principalmente naquelas que utilizam a produção animal. Mas, na prática, o cálculo para elaboração de  um plano de adubação
orgânica é o seguinte: vamos supor que as necessidades de nutrientes recomendadas para a produção de milho é de 80 kg/ha de N, 90 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O. O adubo orgânico a ser empregado será o esterco de curral cuja análise apontou os seguintes teores: 1% de N, 0,7% de P2O5 e 0,35% de K2O.
O que significa estes teores do esterco de curral?

a) 1% de N significa que em cada 100 kg de esterco teremos 1 kg de N. Então, em 1.000 kg (1 ton.) teremos 10 kg de N. Como precisamos adicionar 80 kg de N, a quantidade de esterco necessária será 8.000 kg ou 8 toneladas;
b) 0,7% de P2O5 quer dizer que em cada 100 kg de esterco teremos 700 gramas ou 0,7 kg de P2O5. Numa tonelada de esterco, uma quantidade de 7 kg de P2O5. Como a quantidade recomendada é de 90 kg/ha de P2O5, precisaremos de 12,85 t/ha de esterco (90/7);
c) 0,35% de K2O seguindo o raciocínio de " a e b " teremos numa tonelada de esterco a quantia de 3,5 kg de K2O. Como a recomendação é de 60 kg/ha de K2O, precisaremos de 17,15 t/ha de esterco de curral (60/3,5).

Resumindo, para satisfazer as necessidades de nutrientes NPK, a quantidade de esterco requerida é a seguinte:
80 kg/ha N = 8 t/ha de esterco
90 kg/ha de P2O5 = 12,85 t/ha de esterco
60 kg/ha de K2O = 17,15 t/ha de esterco
Qual a quantidade de esterco para satisfazer a recomendação NPK?

Nos deparamos agora com um problema para determinar a quantidade: se aplicarmos somente 8 t/ha de esterco iremos satisfazer as necessidades de N e haveria deficiências em P2O5 e K2O; se aplicarmos 12,85 t/ha ou 17,15 estaríamos provocando um excesso de N.
Então, a solução é aplicar a menor quantidade que, neste caso, irá beneficiar a correta recomendação de N. Quanto ao fósforo e potássio, a deficiência destes nutrientes seria compensada pela aplicação de fertilizantes químicos: superfosfato triplo e cloreto de potássio.
Como corrigir as deficiências dos nutrientes com adição de fertilizantes químicos?

As 8 t/ha de esterco satisfazem os 80 kg/ha de N.
Por outro lado, 8 t/ha de esterco nos dão 56 kg/ha de P2O5 (8 x 7 kg). Como precisamos de 90 kg/ha de P2O5 existe uma deficiência de 34 kg/ha de P2O5 (90 - 56). Utilizando um superfosfato triplo (ST) com 45% de P2O5, seria necessário:
Em 100 kg de ST temos ........ 45 kg de P2O5
Em X kg de ST teremos ........ 34 kg/ha de P2O5
X = 34 x 100 / 45
X = 76 kg/ha de ST

As 8 t/ha de esterco fornecem 28 kg/ha de K2O (8 x 3,5). A deficiência em potássio é de 32 kg/ha de K2O (60 - 28).
Utilizando o cloreto de potássio (KCl) com 60 kg/ha de K2O, precisaremos de:
Em 100 kg de KCl temos ....... 60 kg de K2O
Em  X kg de KCl teremos ...... 32 kg/ha de K2O
X = 32 x 100 / 60
X = 54 kg/ha de Cloreto de potássio
Conclusão

Para atender a recomendação de 80 kg/ha de N, 90 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O deveremos aplicar, neste caso, utilizando adubação orgânica + fertilizantes químicos, uma mistura de 8 t/ha de esterco de curral, 76 kg/ha de supertriplo e 54 kg/ha de cloreto de potássio.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBqoV7Cr388rufzmx16yOMxOAyV7Td7oaRnOI9WdiFZ_ylMj2QyujGVA_q3tYpPLSm57dz4BgoqFB3VGs6uF8dNzfEisTxoiT7fcuYJRe6hDpatMQvstX0m9j2lVtMP44XwWA4pxCRdaY/s1600/postagemadubos.organicos.jpg


Nenhum comentário:

Postar um comentário