Calcular
a Mistura de Esterco mais Fertilizantes Químicos

orgânica é o seguinte: vamos supor
que as necessidades de nutrientes recomendadas para a produção de milho é de 80
kg/ha de N, 90 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O. O adubo orgânico
a ser empregado será o esterco de curral cuja análise apontou os seguintes
teores: 1% de N, 0,7% de P2O5 e 0,35% de K2O.
O que significa estes
teores do esterco de curral?
a) 1% de N significa que em cada 100
kg de esterco teremos 1 kg de N. Então, em 1.000 kg (1 ton.) teremos 10 kg de
N. Como precisamos adicionar 80 kg de N, a quantidade de esterco necessária
será 8.000 kg ou 8 toneladas;
b) 0,7% de P2O5 quer dizer
que em cada 100 kg de esterco teremos 700 gramas ou 0,7 kg de P2O5. Numa tonelada
de esterco, uma quantidade de 7 kg de P2O5. Como a quantidade recomendada é
de 90 kg/ha de P2O5, precisaremos de 12,85 t/ha de esterco (90/7);
c) 0,35% de K2O seguindo o
raciocínio de " a e b " teremos numa tonelada de esterco a quantia de 3,5 kg de K2O. Como a recomendação
é de 60 kg/ha de K2O, precisaremos de 17,15 t/ha de esterco de curral (60/3,5).
Resumindo, para satisfazer as
necessidades de nutrientes NPK, a quantidade de esterco requerida é a seguinte:
80 kg/ha N = 8 t/ha de esterco
90 kg/ha de P2O5 = 12,85 t/ha
de esterco
60 kg/ha de K2O = 17,15 t/ha
de esterco
Qual a quantidade de
esterco para satisfazer a recomendação NPK?
Nos deparamos agora com um problema
para determinar a quantidade: se aplicarmos somente 8 t/ha de esterco iremos
satisfazer as necessidades de N e haveria deficiências em P2O5 e K2O; se
aplicarmos 12,85 t/ha ou 17,15 estaríamos provocando um excesso de N.
Então, a solução é aplicar a menor quantidade que, neste caso,
irá beneficiar a correta recomendação de N. Quanto ao fósforo e potássio, a
deficiência destes nutrientes seria compensada pela aplicação de fertilizantes
químicos: superfosfato triplo e cloreto de potássio.
Como corrigir as
deficiências dos nutrientes com adição de fertilizantes químicos?
As 8 t/ha de esterco satisfazem os 80
kg/ha de N.
Por outro lado, 8 t/ha de esterco nos
dão 56 kg/ha de P2O5 (8 x 7 kg). Como precisamos de 90 kg/ha de P2O5 existe uma deficiência
de 34 kg/ha de P2O5 (90 - 56). Utilizando um superfosfato triplo
(ST) com 45% de P2O5, seria necessário:
Em 100 kg de ST temos ........ 45 kg
de P2O5
Em X kg de ST teremos ........ 34
kg/ha de P2O5
X = 34 x 100 / 45
X = 76 kg/ha de ST
As 8 t/ha de esterco fornecem 28
kg/ha de K2O (8 x 3,5). A deficiência em potássio é de 32 kg/ha de K2O (60 - 28).
Utilizando o cloreto de potássio
(KCl) com 60 kg/ha de K2O, precisaremos de:
Em 100 kg de KCl temos ....... 60 kg
de K2O
Em X kg de KCl teremos ......
32 kg/ha de K2O
X = 32 x 100 / 60
X = 54 kg/ha de Cloreto
de potássio
Conclusão
Para atender a recomendação de 80
kg/ha de N, 90 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O deveremos
aplicar, neste caso, utilizando adubação orgânica + fertilizantes químicos, uma
mistura de 8 t/ha de esterco de curral, 76 kg/ha de supertriplo e 54 kg/ha
de cloreto de potássio.
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